Encontro da Família Cunha, de onde veio essa idéia? – Parte 1: Os idealizadores

Só quem viveu no interior a infância inteira pra entender como é bom ter uma família na sua convivência. E só quem viveu sua infância a mais de 50 anos atrás para saber como é divertido ter uma família enorme (às vezes, é angustiante também, mas não amos falar disso agora). Menciono isso porque hoje em dia as famílias são menores e poucas vezes tem uma convivência diária. Como diz meu pastor, alguns casais hoje pensam em ter 1 filho ou nenhum… e 5 cachorros! Considerando essa realidade, fica claro que em pouco tempo a família se restringirá ao convívio de, no máximo, 3 gerações, enquanto o contato com parentes de segundo, terceiro ou quarto grau tende a desaparecer ou se tornar extremamente restrito.

Da esquerda para a direita: Rev. Valdir Cunha, Celina Gonzaga, Sadair Gonzaga e Rev. Dario Pereira

Embora essa idéia possa soar muito atual, desde a década de 80 já tinha gente pensando nisso. Conheça os idelizadores do Encontro Nacional da Família Cunha!

Por volta de 1986, alguns de nossos parentes já tentavam arquitetar o encontro, baseados na experiência de outras famílias que já realizavam eventos similares. Eram os pastores Rev. Valdir Cunha e Rev. Dario Pereira, que juntamente com as irmãs Sadair e Celina Gonzaga começaram o projeto do Encontro. A idéia era de reunir todos na cidade mineira em que a família se estabeleceu no início, Dom Cavati. Com a intenção de reunir a família, que antes morava no mesmo lugar ou, no máximo, em cidades vizinhas e que agora estava espalhada pelo Brasil inteiro (e fora dele também), esses nossos 4 parentes empreenderam algumas viagens ao interior de MG realizando entrevistas com os parentes, especiamente os mais velhos, para tentar recolher a maior quantidade de dados e contatos possível. Lembrem-se que nessa época só uns poucos felizardos tinham acesso a telefone, mal e mal se conseguia comunicar-se por cartas e nem se imaginava que um dia existiria uma coisa chamada “Internet”.

Em termos de dados, o rev. Dario foi quem teve a maior habilidade em entrevistar e coletar informações para não apenas conhecer a história da família, mas também para conseguir o maior número possível de contatos e ligações da família, a fim de construir nossa árvore genealógica. Muitas das entrevistas feitas pelo rev. Dario se encontram na fita oficial do I Encontro e nas demais fitas que a compõem e que puderam ser preservadas. O rev. Valdir também tinha diversas informações sobre a família, principalmente no que tange à conversão ao evangelho e aos primeiros parentes a professarem a fé. Celina e Sadair são filhas de Oscar Gonzaga, o que por si só já era garantia de inúmeros contatos e história da família.

Porém, devido a alguns compromissos pessoais de cada um desses idealizadores, a primeira tentativa de realizar o encontro falhou. Celina e Sadair viajaram para fora do país e ficaram lá por alguns anos. Os pastores Valdir e Dario precisaram dedicar mais tempo aos novos ministérios, sendo que Dario, na ocasião, fazia parte da extinta Junta de Missões Estrangeiras da Igreja Presbiteriana do Brasil e pouco tempos antes havia sido enviado em missão ao Paraguai. Por causa disso, o Encontro acabou sendo descartado naquele momento. Mas logo viriam outras pessoas para dar continuidade ao trabalho.  Quer saber quem são? Aguardem…

Vejam abaixo uma pequena entrevista com o rev. Valdir (pelo rev. Dario, inclusive) onde ele fala sobre o Encontro e sobre os percalços do primeiro projeto:

Veja na continuação: O encontro de parentes que deu base para que o grande encontro fosse realizado.