Fitas Oficiais. Você tem alguma?

Desde o primeiro encontro da família Cunha que as pessoas aparecem com suas câmeras, gravando o evento. Normal,  é claro, afinal nada como poder assistir em casa ao encontro passado ou mostrar para quem não pôde ir. Mas curiosamente poucos encontros tiveram um registro “oficial” da coisa, sendo que o restante de material, que foi registrado individualmente, acabou ficando com uma pessoa ou família, o que geralmente é sinônimo de perda. Ainda mais se tratando dos primeiros encontros.

Apenas 3 tentativas de registro oficial tiveram sucesso, e foram no primeiro, terceiro e quarto Encontros. E você, tem alguma?

Até mesmo pra fazer esse tipo de registro tem uma história. Sendo assim, vamos a ela!

Fita do I Encontro – Muito Material!

O interessante do primeiro encontro é que todos os envolvidos tiveram um especial cuidado em registrar tudo, desde a preparação até entrevistas com parentes mais idosos e com maior conhecimento das raízes da família. Mas, como não poderia deixar de ser, após o encontro o interesse da maioria era mesmo no evento em si. Sem falar que a grande quantidade de material precisava passar por uma triagem, pois eram mais de 20 horas de gravação.

Das mais de 10 fitas originais, só sobraram 3

Por esse motivo, logo depois do encontro havia a vontade de se produzir uma fita oficial. Mas estava bastante complicado ajustar tudo aquilo, pois era muita informação e não era nada fácil condensar tudo em apenas duas horas de exibição. Foi quando recebemos um item que seria vital para dar o pontapé inicial da produção da fita. Um de nossos primos, Quintiliano, de Brasília/DF, registrou filmagens do encontro e, na ocasião, tinha uma produtora chamada Max Video. Mesmo sem um contato prévio com a diretoria, produziu um vídeo do encontro, com cerca de 0h58m de duração, e enviou para o então presidente do encontro, Darly.

Fita do Quintiliano. Por pouco, a oficial

A fita era de excelente qualidade, trabalho realmente profissional, a ponto de se cogitar se já não tínhamos  a fita oficial em mãos, mas havia um porém. A produção era uma espécie de “melhores momentos” do encontro em si e, embora condensasse bem o espírito do evento, suprimia muitas coisas que seriam importantes numa primeira fita, como o histórico do encontro, como foi idealizado, quem participou, entre outras menções importantes.

Veja a abertura da fita da Max Video (pessoal, improvisei total pra capturar esse vídeos, desculpem se a qualidade deles ficou muito ruim):

De qualquer forma, a sugestão do Quintiliano foi muito importante, uma vez que deu um rumo para a diretoria sobre como organizar a fita oficial. A produção só não foi passada à Max Vídeo em razão da distância, pois diferente de hoje em dia a comunicação e deslocamento na época eram caros e pouco eficazes. Assim, foi procurada uma produtora em Belo Horizonte e, após mais de um mês de trabalho de edição orientado e  acompanhado de perto pelo Darly, sairia a fita oficial do I Encontro da Família Cunha.

Fita oficial do I Encontro (1991)

A fita oficial tem cerca de 1h58m de duração. Ela faz um compêndio de todo o material disponível (inclusive a fita da Max Video), apresentando, além do encontro em si, histórico, entrevistas, a preparação do evento, mensagens e a despedida, de forma a ser um material bem completo, muito desse conteúdo gravado e registrado pelo Rev. Dario Pereira, que é um dos idealizadores do encontro. Mesmo assim, alguns disseram que o vídeo ficou extenso demais, mas creio que sendo o registro do primeiro encontro, não poderia sair muito diferente se queríamos ter uma base de informações completa.

Fita do III Encontro – A Família na Igreja

O II Encontro até foi registrado pelo Rev. Dario, mas novamente esbarramos no problema de edição/produção, de forma que não houve uma fita oficial do encontro. Pensando nisso, o presidente do III Encontro, Samuel Gonzaga, anteviu que seria melhor se a fita já fosse gravada e produzida por uma pessoa só. É onde entra a produtora Videographer, que ficou com o encargo de realizar todas as filmagens e produzir a fita oficial deste encontro.

Fita oficial do III Encontro (1995)

A fita do III Encontro tem cerca de 1h59m de duração. Ela mostra um aspecto importante da família Cunha: de ser cristã. A fita traz o culto de abertura na IPB Inhaúma, apresentações musicais, pregações, corais, além de alguns flashes dos momentos sociais do encontro, mas o foco principal foram as pregações do Dr. Marcus Vinícius Gonzaga da Silva e do Rev. Guilhermino Cunha, na ocasião presidente do Supremo Concílio da IPB. Adequado se considerarmos o tema do encontro (“Família Cristã, Família Feliz”), mas a crítica dessa vez veio exatamente em razão desta opção de conteúdo, pois jugaram que a produção ficou muito parecida com uma “fita de congresso”, deixando de lado as brincadeiras e eventos mais sociais, que eram bastante presentes na fita do I Encontro.

Fita do IV Encontro – De Tudo um Pouco

A experiência do encontro anterior, de deixar a produção e gravação a cargo de uma pessoa ou empresa, foi interessante, de forma que no IV Encontro , o presidente Hamilton Gonzaga também optou pelo serviço terceirizado e a produção foi deixada dessa vez a cargo de um membro da família, a prima Karine Gonzaga, que tinha uma produtora de vídeo na ocasião. Mas vejam que temos um pequeno problema: Nossa fita SUMIU! Alguém tem? Se sim, por favor nos mande uma cópia!

Fita oficial do IV Encont… ué, cadê? (1998)

De qualquer forma, a produção que, salvo engano, tem cerca de 1h45m, é a que considero mais equilibrada de todas. Ela tem a abertura, muitas partes dos eventos sociais, bricadeiras, despedida e também parte dos cultos e reuniões. Ao mesmo tempo acredito que foi a que teve a divulgação mais fraca, pois este encontro teve uma participação menor por duas razões: as chuvas que castigavam Minas Gerais na ocasião, impedindo muitos de estarem no encontro, e o fato de um dos primos do Rio de Janeiro, Jessé, ter sido sequestrado, o que provocou a ausência da caravana carioca. Por sinal, a família foi chamada para orar por ele no encontro e logo no dia seguinte ele já havia sido liberto. Tudo isso registrado.

E agora?

Temos a idéia de digitalizar essas fitas, tanto para distribuição quanto para conservação do registro, pois algumas fitas estão bem velhas e desmagnetizando. Mas assim como na história da fita do I Encontro, estamos um pouco perdidos. Tem alguma idéia pra gente?